A tarde tinha tudo para ser especial. Voltamos para uma final após três anos. Se contar só as de Paulistão, foram 7. Após não ter assistido ao jogo contra o Corinthians, retomei meu lugar a frente da TV, arriscando passar raiva e, consequentemente, mal. Não vou me alongar muito no texto, afinal de contas, as condições não me ajudam. Acho que minha pressão subiu. Minha cabeça tá trincando. Antes não tivesse assistido ao jogo, ou pelo menos, o segundo tempo.
Começamos bem, pressionando, impondo o nosso ritmo. O Santos pouco fazia. Ficou recuado o primeiro tempo inteiro. E como água mole em pedra dura, chegamos ao gol, pelo lado direito do campo, afinal de contas, todas as chances pela esquerda morreram quando Dudu pegava na bola.
Após toque de Cleiton Xavier, Robinho, que estava impedido, saiu da jogada para a bola chegar para Lucas, que cruzou na medida para Leandro, que eu nunca critiquei, para abrir o placar. Um gol muito semelhante ao que garantiu nossa vitória diante do Botafogo de Ribeirão Preto.
Após isso, algumas faltas invertidas, uma reclamação de pênalti em cima de Rafael Marques (que não foi), uma falta clara na entrada da área não marcada e a expulsão dos dois treinadores, após invadirem o campo.
Se eu soubesse como se desenrolaria o jogo, não teria assistido o segundo tempo. O Santos teve mais volume de jogo, até que um pênalti poderia ter mudado o destino do jogo e, consequentemente, da final do campeonato. Após uma confusão na hora de expulsar o atleta, Dudu foi para a cobrança e teve a moral de acertar o travessão, após uma corridinha que o caracteriza como um grande mala e só reforça minha tese que ele tem a marra de um Romário e tem o mesmo nível futebolístico de Adriano Michael Jackson.
Esse gol seria de suma importância para o panorama do jogo. O Palmeiras faria 2 a 0 e teria metade do segundo tempo para tentar aumentar ainda mais o placar. Se acabasse em 2 x 0, levaríamos uma grande vantagem para o segundo jogo, o que obrigaria o Santos a marcar outros 2 para conseguir levar para os pênaltis. Isso sem contar a segurança, já que temos jogo no meio de semana, o que, querendo ou não, resultará no cansaço dos jogadores, mesmo que joguemos com time misto/reserva.
O resultado só não foi ainda mais desastroso, graças ao tempo de bola que o zagueiro Vitor Hugo teve ao fazer o desarme quando a bola estava com Ricardo Oliveira, que estava de frente para a meta defendida por Fernando Prass. O sistema defensivo, tirando alguns vacilos do Zé Roberto, merece total destaque no jogo de hoje.
Vamos para a segunda parte da final com a vantagem do empate, independente da quantidade de gols. 127 x 127 é nosso. Vitória simples do Santos leva a partida para as penalidade e, qualquer vitória do Santos por uma vantagem de dois gols, dá Peixe.
Vencemos em casa, temos a vantagem, mas o sentimento, pelo menos o meu, é de derrota. Tínhamos a faca e o queijo não mão, mas optamos por fincar a faca no braço graças a escolha de Dudu como cobrador do pênalti, sendo que tínhamos Cleiton Xavier, Zé Roberto e Rafael Marques em campo.
Agora só nos resta esperar até o próximo domingo.
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