Definitivamente, este sábado foi algo fora do comum.
Enquanto outras pessoas saiam para festas ou reuniões com os amigos, eu resolvi
ficar em casa, afinal de contas, era dia de se despedir de um velho amigo.
O horário era um tanto incomum, afinal de contas, 21h30 de
um sábado é meio estranho para um jogo de futebol, mas isso não tirou meu ânimo
de aplaudir pela última vez um sujeito que por muitas vezes, tirou de mim
sorrisos e palmas por suas jogadas.
Alex, Cabeção para os íntimos, deixou o futebol pela segunda
vez. No final do último ano de forma oficial, mas desta vez foi diferente.
Desta vez, foi com nossa armadura em verde, branco e o dourado do centenário.
Palmeiras de 1999 x Amigos do Alex. O lado de lá não me
importou, apesar de ter grandes nomes, como Sorín, Djalminha, Rustü e o galinho
Zico no banco. O que valia era o lado de cá. Marcos;
Nenê, Junior Baiano, Roque Junior e Junior; Galeano, Pedrinho, Alex e Zinho;
Paulo Nunes e Oseas. E reviver 1999 foi mágico.
Apesar de começar levando dois
gols de Tuncay, sendo o segundo um golaço de calcanhar, logo reagimos com um
belo gol de nosso maestro Cabeção. Fomos para o intervalo perdendo de 3 a 2.
Aristizabal fez pra lá, e Alex repetiu a dose para cá.
Na volta do intervalo, o
cenário se inverteu, assim como o placar do jogo. Desta vez eu revivi 1993.
Após um passe milimétrico de Edmundo, Evair bateu na saída de Fábio Costa e foi
para a galera. O que o matador não percebeu é que Sálvio Espínola já havia
anulado o gol por conta de um impedimento. Sem problemas.
Na jogada seguinte, Alex
lançou Euller em profundidade, que rolou para Evair empurrar para o fundo da
rede. A conta foi fechada por Ademir da Guia, de pênalti já no final do jogo.
A noite foi mágica para
qualquer torcedor palmeirense. Não revivemos apenas os elencos de 1993 e 1999.
Revivemos as defesas de São Marcos, Velloso e Sérgio. Revivemos Clébão
afastando todas as bolas de perto do gol. Revivemos o toque fácil Zinho, Alex e
Ademir da Guia. Revivemos a garra de Edmundo, a velocidade de Euller e o faro
de gol de Evair.
Revivemos um time que nos deu
muitas alegrias no passado e muita dor de cabeça nos últimos anos. Revivemos
uma noite de Palmeiras. Os nascidos no começo dos anos 1990, assim como eu,
podem se sentir sortudos, da mesma forma que somos azarados.
Crescemos em meio aos mais
diversos títulos. De Paulistões à Libertadores, de Brasileirões aos Rios-São
Paulo. Apenas crescemos, pois só conseguimos lembrar graças às antigas
gravações. mas quem se importa? Vivemos isso, crescemos nisso, somos isso. Somos
Palmeiras.
A noite chegou ao fim, assim
como a carreira de um dos jogadores mais brilhantes que eu já vi atuar com a
camisa 10 do nosso Palmeiras. O que não se findará jamais, é o carinho e admiração
que a torcida tem para/com o ídolo.
Obrigado, Alex pelos 243 jogos, pelas 121 vitórias e pelos 78 gols. O
camisa 10 com a maior cabeço da história do Palmeiras.
Texto co-produzido com o blog Junta 7
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